Os FIDCs e sua estrutura de cotas em efeito cascata
- acerdeira
- Apr 29
- 1 min read
Já falamos aqui sobre a Resolução CVM nº 175, que ampliou o acesso dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) a investidores pessoa física, trazendo novas possibilidades para o mercado de capitais.
Durante momentos de incerteza econômica, os FIDCs se mostram uma alternativa robusta. Eles são flexíveis e podem ser estruturados para atender a uma ampla diversificação setorial. Com o avanço da regulamentação e a diversificação do mercado, podem se tornar cada vez mais relevantes.
Os FIDCs possuem uma estrutura de cotas em efeito cascata, com diferentes níveis de prioridade no recebimento de pagamentos:
• Cotas Sênior: Prioridade no recebimento de pagamentos e menor risco.
• Cotas Subordinadas Mezanino: Risco intermediário, funcionando como um amortecedor para as cotas sênior.
• Cotas Subordinadas Júnior: Maior risco e última na hierarquia de pagamentos, mas com potencial de maior rentabilidade.
Quanto maior a participação das cotas subordinadas (restritas a investidores qualificados) no Patrimônio Líquido do fundo, maior a segurança para os cotistas sênior, pois eventuais prejuízos são absorvidos primeiro pelas cotas subordinadas. Se, por exemplo, o fundo estabelece um mínimo de 20% em cotas subordinadas, significa que até 80% do PL pode ser de cotas sênior. Isso permite que o fundo capte mais recursos de investidores conservadores na cota sênior ao oferecer um nível de proteção adequado. Os percentuais mínimo e máximo de cada cota definem o equilíbrio entre risco e retorno para os investidores.
Comments